terça-feira

HOMEM-ARANHA 2


HOMEM-ARANHA 2 (Spider Man 2, 2004, Columbia Pictures/Marvel Entertainment, 127min) Direção: Sam Raimi. Roteiro: Alvin Sargent, história de Alfred Gough, Miles Millar, Michael Chabon, personagens criados por Stan Lee, Steve Ditko. Fotografia: Bill Pope. Montagem: Bob Murawski. Música: Danny Elfman. Figurino: James Acheson, Gary Jones. Direção de arte/cenários: Neil Spisak/Jay Hart. Produção executiva: Joseph M. Caracciolo, Kevin Feige, Stan Lee. Produção: Avi Arad, Laura Ziskin. Elenco: Tobey Maguire, Kirsten Dunst, James Franco, Alfred Molina, Rosemary Harris, J. K. Simmons, Dylan Baker. Estreia: 30/6/04

3 indicações ao Oscar: Edição de Som, Mixagem de Som, Efeitos Visuais
Vencedor do Oscar de Efeitos Visuais

Uma das maiores dúvidas quanto a “Homem-aranha 2” era se a sequência do mais bem-sucedido filme baseado em personagens de quadrinhos daria continuidade ao sucesso do primeiro capítulo. Depois da estreia, no entanto, essa dúvida não mais existia. A segunda parte das aventuras do jovem Peter Parker (mais uma vez vivido por Tobey Maguire, no papel de sua carreira) não só rendeu mais dinheiro como ainda por cima empolgou muito mais a crítica e os fãs. Não é pra menos: se no filme de 2002 o diretor Sam Raimi não errou a mão em apresentar suas personagens dessa vez ele caprichou mais em tudo. Das cenas de ação – com efeitos especiais mais bem elaborados – aos diálogos, mais engraçados e verdadeiros, tudo funciona ainda melhor em “Homem-aranha 2”.
    
Quando o segundo filme começa já faz algum tempo que Peter Parker abdicou do amor de sua vida, a bela Mary Jane (Kirsten Dunst), que está dando os primeiros passos em uma vitoriosa carreira de atriz da Broadway. Ainda escondendo de todos que é o Homem-aranha, ele tem que lidar com seus problemas mundanos – aluguel atrasado, sub-emprego, a falta de Mary Jane, a obsessão de seu melhor amigo Harry (James Franco) em descobrir quem matou seu pai – enquanto tenta manter a cidade longe da criminalidade. As coisas se complicam quando um talentoso cientista (Alfred Molina) mais uma vez erra em seus cálculos e transforma-se no temível Dr. Octopus, ameaçando Nova York com uma nova onda de crimes. Cansado e estressado, Parker desiste de seu alter-ego, com a intenção de viver uma vida normal e reconquistar a amada. Mas como ele bem sabe, grandes poderes trazem grandes responsabilidades e ele se vê obrigado a voltar a seu lado heróico.

        

Uma perfeita tradução de quadrinhos para as telas de cinema, “Homem-aranha 2” não decepciona em nenhum quesito, dando espaço exato para as piadas – que funcionam à perfeição, desde as mais simples até as feitas sob encomenda para os aficionados – para as cenas dramáticas e principalmente para as cenas de ação. Nada nesse segundo filme é dispensável, empurrando a história para um terceiro capítulo e amadurecendo suas personagens, obrigadas que são a lidar com suas dúvidas e certezas. Muito mais do que se pode esperar de um programa sem maiores objetivos que não divertir sua plateia, que agradeceu lotando as salas de cinema por semanas a fio - para alívio dos produtores, ansiosos em recuperar os exagerados 200 milhões de dólares gastos.

Empatando com "Titanic" como o mais caro filme feito até então - "King Kong", de Peter Jackson, lhes tirou essa duvidosa honra - "Homem-aranha 2" gastou cerca de 54 milhões de dólares somente em efeitos visuais, mas a despesa valeu a pena, não apenas pelo Oscar da categoria: no primeiro filme os efeitos ainda deixavam a desejar, enquanto aqui tudo parece (e é!) muito mais cuidado e mais caro. Felizmente Sam Raimi não deixou que o visual relegasse a trama a um segundo plano e os dilemas pessoais das personagens são explorados a contento, fazendo desse segundo capítulo das aventuras do aracnídeo uma empolgante aventura para ver e rever.

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